Gerenciamento emocional contribui para o bem-estar individual e para o sucesso profissional, influenciando positivamente todas as áreas da vida cotidiana
Na correria do dia a dia, muitas vezes, esquecemos a poderosa influência que as emoções possuem sobre todas as áreas de nossa vida. Portanto, entender como gerenciar e compreendê-las não é apenas uma habilidade desejável, mas essencial para uma vida equilibrada e bem-sucedida. Do ambiente de trabalho aos relacionamentos pessoais, o equilíbrio emocional desempenha um papel fundamental.
Segundo uma pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade atinge mais de 260 milhões de pessoas. Mais da metade dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão, que, geralmente, são desencadeados pela pressão no ambiente de trabalho ou por situações afetivas da vida pessoal. Cerca de 20% dos funcionários estão trabalhando sob forte pressão emocional, o que compromete a saúde física e emocional, resultando em queda na produtividade, ausência e maiores taxas de contratação e troca de funcionários.
A psicóloga Jéssica Rodrigues explica que os números são reflexos do mundo que estamos vivendo.
“O mundo e essa geração estão muito difíceis, rápidos, evoluídos e cheios de mudanças. Muitas vezes, não temos tempo de acompanhar uma mudança e já vem outra. Isso causa uma enorme aflição, porque as pessoas não conseguem dar conta”.
No contexto profissional, os funcionários são constantemente desafiados para conquistar metas cada vez mais inalcançáveis, o que pode gerar consequências sérias para a saúde mental e emocional. “Ter a pressão de apresentar resultados cada vez maiores em um ambiente de trabalho, onde existe um nível muito alto de competitividade, pode levar uma pessoa a questionar sua própria capacidade de alcançar as metas obrigadas. Eu mesma já me questionei várias vezes. Isso causa uma enorme frustração, que pode iniciar um ciclo vicioso a cada nova demanda solicitada, fazendo com que as pessoas se sintam esgotadas. Além disso, as constantes comparações entre os colegas pioram ainda mais essa situação. É um caminho que parece não ter volta”, comenta Giorgya Oliveira, auxiliar administrativa em uma empresa de produtos agroveterinários.
Quando o sofrimento é duradouro e as situações cotidianas ficam mais difíceis, é hora de recorrer à ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras. “Quando não é possível buscar esse equilíbrio sozinho como boa alimentação, pouco uso de celulares, reservar um tempo de autocuidado, exercícios físicos, ter boas relações, priorizar o sono, tudo isso ajuda a evitar o desgaste emocional. Caso esse sofrimento esteja se prolongando, trazendo paralisações das atividades rotineiras, é hora de buscar ajuda profissional. A terapia é sempre uma ótima saída para ajudar e trazer o entendimento desse sofrimento. A partir dessa tomada de decisão, podemos falar em cura”, enfatiza a psicóloga.
Consequentemente, o gerenciamento emocional é uma habilidade essencial para uma vida plena e satisfatória. Do ambiente de trabalho aos relacionamentos pessoais, sua influência atravessa todas as partes da vida cotidiana. É um investimento valioso, com retornos significativos em termos de bem-estar pessoal, sucesso profissional e relacionamentos pessoais recompensadores.
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