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  • Foto do escritorCatharina Alvarez

O sorriso na lembrança

A menina que lutou contra a anorexia e venceu

Seus pés chegam ao chão e, em um milésimo de segundo, a tontura é a menor de suas preocupações quando pirueta após pirueta fazem sua mente explodir em uma mistura de cores, holofotes e música. Música que faz sua alma cantar, voar e saltar com os mais belos grand jetés e pas de chat. O corpo, o movimento e a dança sempre a fascinaram e foram seus professores quando os sentimentos se tornavam titânicos demais para serem descarregados em meras palavras. Suas horas eram ocupadas por ensaios e passos que a transportavam para mundos fervilhando de criatividade e vida. Mas contos de fadas viram histórias assombrosas quando o castelo é pisoteado pelo gigante.

Ainda lembro de quando conheci Daphne Morris (pseudônimo), na cidade de Tulsa, Oklahoma, nos Estados Unidos da América. A menina da pele dourada e dos cabelos ondulados com cor de caramelo, era cercada pelo mais fresco ar de liberdade. Livre, essa seria a palavra que usaria para descrevê-la quando, com 15 anos de idade, conheci a colega cuja história, um dia, contaria. Mal sabia que, no ápice de sua adolescência, Daphne era assombrada por pensamentos que estavam transformando completamente a trajetória de sua vida.

            A liberdade e ousadia que a cercavam não eram recentes. "Eu tive uma infância muito dinâmica", conta. "Quando eu era pequena eu era tão maluca e audaciosa e, tipo, divertida". Roubar as maquiagens de sua mãe e encher seu rosto das mais diversas cores, pegar as joias que ganhou da vizinha e colocá-las todas ao mesmo tempo, enchendo seu braço de pulseiras até os cotovelos eram hábitos frequentes em sua infância. "Eu tinha uma grande personalidade".

O bairro onde cresceu, sua igreja, comunidade e amigos eram as faíscas que incendiaram sua vida de magia e risos. Uma dessas faíscas se chama Emma (pseudônimo). Daphne a conheceu quando tinha 6 anos de idade. Acredito que ninguém consegue explicar o quão profunda é a conexão entre melhores amigas, quando as vidas de duas meninas se entrelaçam tão visceralmente que um simples olhar fala mais que mil palavras e uma conversa inteira é formada com uma só expressão. De festas de chá para bonecas com "mini mini cookies e mini mini xícaras" a conversas profundas de madrugada, esse vínculo foi essencial em tudo o que Daphne passaria a viver.

"Ela tem quatro irmãos mais novos", comenta Daphne. "Então meus irmãos e os irmãos dela brincavam juntos e a gente brincava juntas. Nós duas também tínhamos cachorros, e era simplesmente muito divertido. Eu me divertia muito com ela e, nos fins de semana, íamos para a igreja juntas e isso era realmente incrível".

Emma descreve Daphne como "um raio de Sol", como a jovem que "anda nesta vida com amor e carinho, apaixonada por servir e enxergar as pessoas para quem a nossa sociedade negligencia o cuidado". Ao descrever a amiga, Emma afirma que "Daphne é vista na cor vermelha, em gingham patterns (tecidos de algodão xadrez), gramados, piqueniques e sofás de veludo. Daphne mudou minha vida de formas que não consigo expressar".

Criada em uma comunidade cristã, Daphne, chamada carinhosamente de Daph, relata que sua igreja sempre teve um grande foco no trabalho comunitário e na reparação da comunidade onde cresceu. A parte de Tulsa onde a garota viveu até ir para a faculdade é marcada pelo histórico de violência racial, que afeta desde o acesso às escolas à expectativa de vida e assistência médica. "Ainda existe bastante segregação que está sendo desfeita", constata.

No seu bairro estão muitas das memórias mais marcantes da vida de Daphne. A universitária conta que, além de tirar suas fotos de formatura do ensino médio nas ruas de onde cresceu, quando visita sua cidade natal, se lembra da imensidade da beleza de tudo o que viveu. As pessoas que passaram pela sua trajetória a impactam, e a gratidão por aqueles que ainda fazem parte de sua vida a deixa sem palavras.

Sua infância foi recheada de cores, luzes, risadas e flores. Os jantares de sexta-feira que envolvia todas as famílias do bairro, seu tempo de dedicação a trabalhos sociais e o jardim comunitário que ligava todas as casas de sua rua, repleto de tons e dividido entre cada morador carimbam sua vida de criança com belas estrelinhas douradas.

          

PASSOS DO GIGANTE

"Fogo. A casa pegou fogo. O fogo levou tudo. Estão todos bem. Temos que nos mudar. Temos que ir embora. Tudo bem".

Com 10 anos de idade, Daphne Morris se vê obrigada a mudar de casa por conta de um incêndio. Hoje, ela não acha grande coisa, mas na época o ocorrido foi impactante.

Existe uma verdade um tanto pacífica na inevitabilidade das mudanças. Nos EUA, mudar de escola é tão normal quanto trocar de roupa. Existem colégios diferentes para idades diferentes, com escolas indo do fundamental ao ensino médio extremamente raras. Contudo, nos sentimos sobrecarregados e confusos quando muitas mudanças ocorrem tão rapidamente.

A troca de casa e a transferência de escola influenciaram Daph a tomar uma importante decisão: levar a dança mais a sério. Quando começou a dançar se identificou imediatamente com uma das formas mais etéreas de expressão, e parar se tornou algo inimaginável. 

"Eu comecei a dançar e eu amei dançar. Foi algo que eu fiz por anos e anos e anos. Eu sinto que essa foi uma das maneiras com a qual eu mais me expressei".

Ao mudar para outro estúdio de dança, a atividade tomou conta de uma parcela ainda maior de sua vida e se tornou um escape, uma forma de soltar seus pensamentos e sentimentos mais profundos.

"Quando eu tinha dificuldades para dormir, ligava uma música e me imaginava dançando. Eu inventava coreografias e isso me trouxe muito conforto e alegria", relata. No meio do Ensino Fundamental II, Daphne é transferida para uma escola cristã e foi, durante esse período, que os distantes passos do gigante começaram a ser ouvidos.

Ela perdeu o controle, o que acontecia em sua vida estava longe de seu alcance. Em meio a tantas mudanças, os números se tornaram seu maior foco. Números de calorias, mastigações, peso e a quantidade de vezes que comia por dia se tornaram uma distração dos inúmeros eventos de sua vida.

Sua mente não era dominada por isso, seus pensamentos não giravam em torno de sua alimentação. E isso estava longe de se tornar um grande problema, certo? Foi nesse período que as dores começaram a acontecer. Dores curtas, incômodas, mas que não faziam tanta diferença.

As dores aumentaram, sua identidade se distorcia e Daphne não se sentia mais como ela mesma. A anorexia e a ortorexia começaram conta e, o que mais tarde seria diagnosticado como endometriose, doença em que as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar, trazia episódios de agonia e eram a causa de extremo desconforto. Foi aí que Daph descobriu que, quanto menos comesse, menores e menos frequentes seriam suas dores.

Todavia, Daphne continuou passando o tempo com Emma. A amiga, que era "homeschooled" (estudava em casa), saia frequentemente acampar com a sua família, e incluiu Daph nos contínuos eventos. "Sempre que eu tinha um intervalo nas minhas aulas eu me juntava a eles. Sua família se tornou a minha família. Essa foi, também, uma maneira que eu encontrei para me conectar com Deus e estar na natureza".

Lembrando de seus momentos com seus pais, Frank e Lauren (pseudônimos), seus irmãos, e os instantes que passava com Emma, o rosto de Daphne se ilumina e um sorriso mais precioso do que muitas das joias que usava quando criança adorna seu rosto. Relatando sobre o tempo mais difícil de sua vida, Daphne sorri.

 

O GIGANTE LEVANTA O PÉ

A escola cristã onde Daphne terminaria seus estudos pré-faculdade é uma das raras escolas que passa pelo ensino infantil, fundamental e médio. As turmas são pequenas e sempre muito unidas. Os estereótipos de garotas populares e meninos atletas são, praticamente, inexistentes. Bom, era assim na turma de Daphne.

A aluna que passava horas após suas aulas no estúdio de dança começou a cair cada vez mais fundo no poço de sua saúde mental e transtornos alimentares. Como seu café da manhã era rápido antes de sair para a escola, seus almoços eram em turma e Daph chegava tarde demais em casa para jantar, seus pais não perceberam a gravidade da alimentação da garota.

A Endometriose piorava e foi aí que Daphne decide buscar uma opinião médica. Era como gritar debaixo d'água. "Você é muito nova", diziam. "A dor é exagerada". O volume de seus gritos não fazia diferença. Os médicos não a escutavam e receitaram remédios que aliviaram suas dores, mas não o suficiente, remédios que afetaram sua densidade óssea e pioraram sua qualidade de vida.

Dançar requer força e com a insuficiência de sua alimentação e os efeitos do remédio, no primeiro ano do Ensino Médio, Daphne fraturou a perna 3 vezes. Com os treinos de dança aumentando, Daphne finalmente consegue participar de apresentações pelas quais esperou anos. Contudo, quando se machucou pela primeira vez, não foi levada a sério pelos seus professores. "Eles me disseram que eu só não sabia o que era estar dolorida, então eu comecei a dançar com a canela quebrada por meses". Quando, por fim, foi buscar uma opinião médica, recebeu a terrível notícia de que não poderia mais dançar por um bom tempo.

"Foi muito difícil, porque a dança era algo com o que eu passava muito do meu tempo, algo no qual eu encontrava tanto da minha identidade".

A culpa tomou conta. Daphne sentiu que, mesmo com seus professores não acreditando em sua dor, ela poderia ter parado e se dado tempo para descansar.

No entanto, a dança não deixou de fazer parte de sua vida. A aluna virou a professora e começou a ensinar crianças. Foi difícil, mas o tempo que ganhou quando parou de dançar permitiu que Daphne passasse mais momentos com sua família, saísse com seus amigos e participasse de eventos sociais de sua escola.

"Mesmo perdendo a dança, eu agora acredito que isso foi uma coisa boa, porque eu consegui me inclinar para formar relacionamentos e dar mais do meu tempo para as pessoas de quem eu queria ser amiga".

Mas no momento surgiu a conclusão: "meu transtorno alimentar tirou a dança de mim".

 

O CASTELO É ESMAGADO

No primeiro dia de aula, do segundo ano do Ensino Médio, um colega de sala tenta suicídio. O coma durou 10 dias. Daphne, junto com sua turma, sofreu. Ninguém viu a situação chegando. Nisso, os colegas se uniram e Daph interrompeu o processo que tinha começado, sozinha, de tentar se recuperar da anorexia.

Foi um tempo de solidariedade para a turma. Ela e sua sala acompanharam o estado de Colin (pseudônimo) e descobriram juntos que o menino não estava demonstrando funções cerebrais e foi encontrado sem batimento cardíaco antes de ir para o hospital. Mas milagres acontecem, e Colin se recuperou em tempo recorde.

Ainda sim, Daphne recai, e seu transtorno alimentar piora.

"Eu lembro de quando fiquei sabendo que ele tinha ido para o hospital e tentado suicídio. Eu sentei e escrevi no meu diário tudo o que eu iria comer pelos próximos 30 dias e a quantidade específica de calorias em tudo. Eu não pensei em quão triste eu estava, eu só sentei e foquei nos números e em como eu iria controlar minha alimentação e isso fez eu me sentir muito melhor".

Durante esse período, Daphne começa a lutar, também, com depressão. A pressão ficava mais pesada e a automutilação se tornou a única forma da menina se levantar da cama. "Eu não sei como isso funcionava, mas funcionava".

No hospital, Colin recebeu medicação viciante. Quando saiu do tratamento, o colega de Daphne começou o uso de drogas e compartilhou essa dor com a menina. "Eu senti como se eu não pudesse contar para ninguém".

Querendo respeitar a privacidade do amigo, Daphne esconde a informação e coloca sobre seus ombros a responsabilidade de cuidar e se assegurar que Colin estava bem. As ligações para o garoto no meio da noite se tornaram usuais, com intervalos de uma hora, somente para checar se ele ainda estava ali.

            "Uma noite eu liguei para ele, ele não me atendeu e ele tinha dito que se estivesse acordado ia atender o telefone. Então eu assumi que ele usou demais". Desesperada, ansiosa e sem ar, Daphne é pega de surpresa quando sua mãe, Lauren, entra em seu quarto. "Eu disse tudo o que estava acontecendo com Colin para ela". Seguindo os conselhos de sua mãe, Daph liga para a mãe de Colin e, no dia seguinte, seu amigo foi para um centro de reabilitação.

O que a dançarina ainda não tinha percebido foi que, mesmo durante esse turbilhão de emoções e desesperança, nunca esteve sozinha.

 

AS RUÍNAS DO CASTELO

            Com sua mãe descobrindo e a automutilação sendo a única forma de Daphne "ser um ser humano que funciona", de acordo com a garota, a depressão declinou. Daphne entendia que somente se machucando ela conseguiria viver e não ser consumida pela depressão. Com Lauren dormindo em seu quarto todos os dias para garantir que sua filha não se machucasse mais, o transtorno alimentar piorou.

"Controlar os números e ver o quanto eu conseguia diminuir meu peso se tornou algo que dominou a minha vida de inúmeras formas diferentes". A falta de nutrientes gerou em Daph problemas no coração, mas mesmo assim os médicos não descobriram sua anorexia.

Em um momento de coragem, Daphne compartilha com a mãe que quer fazer terapia. "Nas primeiras duas sessões eu não falei nada", conta a garota, justificando que, no momento, não queria se livrar do transtorno alimentar, que se tornou sua única forma de lidar com a depressão. No natal de 2019, Daphne foi para o hospital para cuidar de sua saúde mental. 

Ao sair do tratamento, logo que as aulas voltaram em janeiro, eu a conheci. Não nos falamos muito, mas eu a admirava por sua inteligência e leveza, sem saber por tudo que estava passando. E foi durante esse período que Daphne iniciou sua caminhada de recuperação.

No hospital, os médicos descobrem sobre a anorexia. Daphne conta para os seus pais e começa a trabalhar com sua terapeuta.

"Foi nesse momento que eu fiz uma promessa para mim mesma: que eu faria tudo o que eu possivelmente conseguiria para vencer a depressão. Eu estava tomando a minha medicação, me exercitando e passando tempo no sol".

Com ajuda da terapeuta, Daphne começa a entender a gravidade de seu transtorno alimentar. Foi ali que ela percebeu o quão escrava estava da doença. "Acho que uma forma de descrever um transtorno alimentar é: você tem sua versão normal e você tem um transtorno alimentar e, vagarosamente, com o tempo, o transtorno domina seu cérebro por completo. Eu estava em um lugar onde eu era completamente dominada". Sem conseguir pensar em mais nada, Daph se sentia derrotada na luta contra a anorexia.

"Por muito tempo eu achei que esse transtorno era uma escolha. Quando eu realmente comecei a tentar melhorar eu descobri que eu não tinha escolha alguma". Foi, então, que Daphne, juntamente com seus familiares, decidiu entrar em um programa de reabilitação em um hospital.

"Nesse momento, eu realmente acreditava que a vontade de Deus para minha vida era que eu morresse desse transtorno alimentar".

 

O REINO É RECONSTRUÍDO

Durante a pandemia, dentro do hospital, Daphne foi recebida de braços abertos e conheceu muitas meninas que estavam passando pelo mesmo processo de reabilitação.

Foi lá que a dançarina começou a entender, com ajuda de uma psicóloga, que era amada por Deus, que decidiu compreender que Jesus morreu por seus pecados e decidiu se perdoar e abandonar a culpa que sentia e a responsabilidade que colocava sobre si mesma em relação a doença.

Todos os tipos de alimentos foram apresentados como importantes e essenciais por sua nutricionista, e Daph começou a aprender sobre a ciência por trás da alimentação e o funcionamento do corpo humano, algo que iniciou um processo de curiosidade e fascínio com a área da saúde e com o cuidado do corpo.

"Eu aprendi que Deus nunca quis que eu morresse do meu transtorno alimentar. Que Ele é um Deus bom e amoroso, que quer coisas boas na minha vida". Ao começar a se apoiar na leitura da Bíblia e na oração, Daphne começava a sentir esperança. "Eu estava tão fraca que eu não tinha outra escolha a não ser colocar toda a minha força nEle [Jesus]".

"Durante o tempo em que Daphne estava passando por seu ED (eating disorder, transtorno alimentar), apenas parte de mim sabia toda a extensão do que estava acontecendo; Daphne e eu sempre nos conectamos e estivemos lá uma para a outra durante nossos momentos de problemas de saúde mental, mas na época eu não havia conectado isso a um possível ED. Eu vi muita ansiedade e depressão que estavam ligadas ao ED, tudo que eu sabia fazer na época era ouvi-la e esperar e orar para que ela chegasse segura na manhã seguinte. Quando ela voltou para casa após ser internada em tratamento, foi um alívio vê-la trabalhando consistentemente em seus planos de refeições e se conectando bem com seus nutricionistas. Embora ainda fosse tão difícil, havia esperança e isso bastava para encorajá-la e caminhar ao seu lado", explica Emma.

Em novembro de 2020, já com sua saúde mental praticamente recuperada, Daphne faz uma cirurgia para diagnosticar sua Endometriose. Apesar da sua decepção com o sistema de saúde, parecia que as coisas estavam, finalmente, se alinhando.

"Antes, eu tinha tanta dor que não conseguia falar nem me mexer. Era difícil de respirar. Uma vez eu tive que ir para a emergência do hospital e me senti desacreditada, como se eu estivesse exagerando minha dor".

Depois do diagnóstico, finalmente recebendo o tratamento correto, o sofrimento foi embora e sua dor diminuiu significativamente. "O Senhor apareceu para mim de tantas formas diferentes. Nos momentos que eu estava mais fraca, Ele aparecia".

Foi no penúltimo ano do Ensino Médio que Daphne descobriu sua vocação e seu chamado, em uma matéria de ciências avançadas. "Nessa aula eu entendi que: se Deus não tivesse me colocado aqui de propósito, eu não seria tão fascinada pela sua criação e eu não teria uma paixão tão grande pelos nossos corpos e por como eles funcionam". Daphne encontrou uma forma de adorar o Deus que a salvou no fascínio pela sua criação, no estudo da ciência, no estar na natureza.

Em 2022, a menina se mudou para o estado de New Orleans para fazer faculdade, onde estuda biologia e sociologia, com foco em pré-medicina.

"Eu quero ter a capacidade de viver minha vida, agora. Antes, eu não acreditava que eu tinha uma vida para ser vivida e agora Deus está me mostrando todos os planos que tem para mim e eu tenho fé de que Ele está trabalhando em tudo isso para o bem", constata Daphne. 

A dançarina conta que acredita que nossas vidas são como tapeçarias. A parte de trás sempre está bagunçada e não mostra a arte que realmente a adorna. Porém, a parte da frente é repleta de histórias e arte que levam anos e anos para serem criadas. Nós, como seres humanos, só vemos a parte de trás, mas Deus vê a obra inteira. Ele cria a obra de arte.

Hoje, Daphne resume a sua vida em uma passagem bíblica:

"Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas; restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem." - Salmos 23:2-4

"Deus está comigo, e Ele não somente está comigo, ele está me levando para um lugar lindo" - Daphne Morris.

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1 Comment


samuelrochandrade2015
May 25

Parabéns pela reportagem escrita com muita ternura e cuidado, Catharina. Esse é, com certeza, o texto mais profundo que li neste ano. Uma história profunda e que aqueceu o meu coração com esperança 👏👏👏

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