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Foto do escritorThauana Marin

Suas roupas falam (mesmo quando você não as ouve)

A Psicologia da Moda explica que cada peça conta algo sobre nós

Não tem como escapar: a primeira impressão que temos sobre alguém quase sempre está relacionada com as suas vestimentas e aparência. Aliás, a Psicologia da Moda se dedica em estudar por que as pessoas optam por determinadas roupas e o impacto disso em terceiros. A linguagem visual interfere em nossas emoções e comportamentos, e nós podemos usar isso ao nosso favor.

Imagine que estamos na sala de espera de um consultório médico. Aquele vento gelado do ar-condicionado deixa ainda mais frio o ambiente preenchido de branco e azul. O tic tac do relógio já não te incomoda mais quando, finalmente, seu nome é chamado. Ao chegar na sala do médico, após longas horas de espera, você se depara com um sujeito de bermuda, chinelo e camiseta de time. A camiseta pode até ser do seu time preferido, você não se importa: o médico não deve ser capacitado.

Confesso, sugeri um exemplo radical. Mas se você visse um advogado em seu escritório com vestimentas casuais ou uma comissária de bordo trabalhando sem o uniforme tradicional, a estranheza seria a mesma. Por isso, se a primeira impressão é a que fica, eu prefiro que ela seja a melhor.

Você pode até jurar de pés juntos que não pressupõe nada sobre ninguém devido à aparência. E, na verdade, nossa percepção sobre outras pessoas é resultado de diversos fatores (embora o visual represente a essência de qualquer um). Porém, existem ocasiões em que cada ponto conta, como entrevista de emprego, eventos e reuniões. Nesses casos, precisamos escolher cada peça com cautela.

“Nem na alfaiataria nem na legislação, o homem procede por mero acidente. A mão é sempre guiada por misteriosas operações da mente”.

O escritor Thomas Carlyle redigiu essa frase que contém um grande significado sobre a importância da moda. Não é à toa que a vestimenta interfere tanto na primeira impressão — conscientemente ou não, como nos vestimos reflete sobre quem somos.

Nesse sentido, acredito que não precisamos perder o estilo próprio para nos comunicarmos visualmente de forma adequada. Muito pelo contrário, ele é a base para que transmitamos uma imagem verdadeira sobre quem somos. Minha dica é: se vista de acordo com o resultado da soma entre sua essência e a imagem que deseja transmitir. A tarefa não precisa ser difícil, mas consciente e com propósito.


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